terça-feira, 14 de outubro de 2008

Análise do filme "Obrigado por fumar" e do texto "Afinal, o que o mercado quer de você"?



Por Ero Siqueira.

“Obrigado por fumar”, abrange o mundo da indústria de cigarros e as artimanhas da assessoria de imprensa. Nick Naylor é um assessor, que ganha à vida defendendo os direitos de fumantes, divorciado e tem um filho de 12 anos. O menino é bastante influenciado pelo pai, que no decorrer do filme precisar se esforçar para dar a ele, um bom exemplo. Mas, as coisas não andam nada fácil para o lobista, que faz conferências em escolas, dá entrevistas nos meios de comunicação, etc. tudo para melhorar a imagem da empresa que assessora, onde um país decreta guerra ao produto que essa empresa vende: o tabaco. “Assessor de imprensa tem que ter ginga para transitar com seus assessorados em diferentes mídias (revista, jornal, televisão, rádio ou internet) e saber usufruir da segmentação dos veículos”. A função de Nick é manipular, informações e diminuir os riscos do consumo de cigarros em programas de entrevistas na TV e nos filmes Hollywoodianos.
O filme inclui ainda, reflexões como a ética da profissão, meio ambiente, responsabilidade social, relacionamento entre pai e filho, etc. No elenco, os diretores recordam o saudoso homem do cigarro Marlboro, que nas propagandas era lembrado sempre com o seu cavalo. No fim, esse artista teve câncer de pulmão e morreu em 1995. Há 4 anos sua esposa ainda luta por uma indenização. No filme, ele é subornado pelo lobista Nick para mudar seu depoimento na justiça, e assim não complicar ainda mais a situação tabagista. Em “Obrigado por fumar”, há também a abordagem de um senador que faz uma campanha para colocar em cada maço de cigarros, a imagem de uma caveira. Para completar uma jornalista ambiciosa e sem ética, vai para cama com o personagem, tudo para conseguir informações sobre o mundo que ele trabalha. No final, a atenção que o seu filho dá ao seu trabalho começa a preocupá-lo, então ele desiste de lidar com assessoria neste ramo de fumo.


No texto “Afinal, o que o mercado profissional quer de você?” podemos analisar o papel do assessor de imprensa diante dos seus assessorados. Segundo o autor, nessa profissão não há espaço para improvisação. “E é necessário que o assessor seja jornalista formado. O relacionamento com a mídia exige conhecimento de causa que não pode se limitar à teoria”.
A relação deste texto com o filme resume-se a dizer, que o papel do assessor não é apenas divulgar informações sobre seu assessorado, pois isso não é suficiente para ajudar pessoas e organizações a buscar uma imagem positiva do cliente. E é isso que Nick Naylor buscava fazer, não só divulgar. Mas, defender e fazer diferença. Ele tomava decisões sobre os melhores passos a serem seguidos em nome da boa imagem da empresa, tinha a confiança de todos os gestores e se sobressaia nas discussões sobre o tema “tabaco”, às vezes em discussões sobre o tema, por ele ser tão capacitado de conhecimento e ter o dom do convencimento acabava por manipular a todos, e fazer com que essas pessoas fossem a favor do cigarro. Por que uma boa imagem ajuda a vender, e esse era o propósito, enquanto muitos queriam a eliminação do cigarro da sociedade, ele tinha que passar a boa imagem do produto. Assim, novos investimentos seriam feitos, e resultaria no crescimento desse ramo.

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