quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Por Ero Siqueira.

O aborto sempre foi um tema polêmico e sucessivamente rende muitas discussões. De um lado a religião, de outro a lei, e adiante, o medo e a incerteza de muitas mulheres que sem planejar, acabam ficando grávidas. Muitas vezes, não tem devidos apoios da família ou do parceiro. Pensando na rejeição da sociedade em se criar um filho sozinho, e ser mãe solteira, conseqüentemente essas “futuras mamães” acabam abortando.

“O Brasil é o país mais cristão do mundo. A quase totalidade de sua população está distribuída entre os segmentos católico, evangélico e espírita. No entanto, carrega um troféu nada lisonjeiro, frontalmente contrário aos princípios cristãos: é o campeão mundial do aborto, onde a taxa de interrupção supera a taxa de nascimento. A cada hora, 168 crianças deixam de nascer. Cerca de 30% dos leitos hospitalares reservados à Ginecologia e Obstetrícia são ocupados por pacientes sofrendo conseqüências de abortos provocados”. (Texto on line)

Todo ser humano tem direito à vida. Depois liberdade, educação, saúde, trabalho, justiça, cidadania. Mas, esses direitos só tem sentido se houver o ser humano para desfrutá-lo. Nada disso tem valor quando se nega o direito de viver. “No Congresso Nacional há um projeto de lei PL 20/91, favorável ao atendimento do aborto legal pelo Sistema Único de Saúde. Em contrapartida houve um projeto de emenda constitucional PEC 25AJ95 que pretendeu incluir no texto da Constituição o direito à vida "desde a sua concepção”. Num universo de 524 deputados, apenas 32 foram favoráveis. Os demais foram contra ou se omitiram”. (Câmara dos Deputados).

Diariamente, somos surpreendidos com noticias nos meios de comunicação, onde mães que carregam bebês em seus ventres, durante todo o período de gestação acabam-se, desfazendo dessas crianças: jogando-as em latões de lixo, lagoas, esgotos a céu aberto, no quintal de casa, entre outros. Mas, muitas das vezes esses casos acabam sendo descobertos, e essas mães além de pagarem por um crime, perdem a guarda de seus filhos, que quando não ficam sobre responsabilidade de um familiar, vão para orfanatos. Às vezes, elas se arrependem. Mas, pode ser tarde demais.

A solução para evitar o aborto em nosso país talvez esteja longe de estabelecida. Caso aconteça, não o resultado não será rápido. Mas, existem recursos preventivos como incentivar a educação dos jovens sobre métodos de planejamento familiar, saúde sexual e suas implicações morais.

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